Eu acredito no destino e conhecer a Cristina Alves fazia parte do meu. Conto como aconteceu, em Novembro de há dois anos abri uma revista de decoração e interiores (já bem antiga) e vi um artigo que me despertou a atenção,
uma entrevista com a Constança Cabral, do blogue '
Saídos da Concha'. Eu, que até então nunca tinha ouvido falar de blogues, comecei a seguir o desta talentosa mulher que me inspirou a retomar um lavor já esquecido, a costura. Uma das suas publicações deu-me a conhecer a
Made in Paper, a fabulosa papelaria de venda
online da Rita Rodrigues, em cuja página no
facebook acabei por encontrar referência ao
Mint Handicrafts, outro blogue tão fantástico que de imediato conquistou o meu coração. Mais tarde, a Rita promoveu um
workshop no qual participei e foi lá que conheci a Cristina e fiquei a saber que ela era nada mais, nada menos do que a 'Mint'! É tão bom darmos um rosto a quem seguimos na
internet, é tão bom estabelecermos imediata empatia.
A Cristina é daquelas pessoas genuínas, inteiras, tranquilas, pertencente a um raro grupo de empreendedores, com um cunho tão próprio capaz de marcar a diferença. É delicada e dedicada e as suas criações expressam isso mesmo, transforma algo simples numa peça de elevada elegância e qualidade que quando nos chega às mãos nos faz sentir especiais, pois sentimos que nos pertence, foi feita para nós com evidente carinho, cuidado e dedicação e isso também é raro! Estou absolutamente rendida a tudo o que faz.
Mesmo a tempo do Natal recebi um embrulho por correio... um embrulho muito especial! O papel estava decorado com desenhos de criança... eu tinha visto aquele embrulho uns dias antes no facebook do Mint Handicrafts, mas nada naquele momento me fez imaginar que era para mim nem o que continha dentro. O que começou por ser uma troca acabou por se transformar num grande presente. Já emocionada com o bonito papel que me fez sentir para além de especial, abri a caixa de cartão e o que senti a seguir encheu-me o coração. Gostava de vos conseguir explicar esta sensação com outra semelhante que tive quando entrei uma vez num grande estádio de futebol, nas bancadas mais altas de todas. Foi à noite, estava vazio e tinha os holofotes ligados... foi uma das sensações mais fortes que tive até hoje... senti a dimensão do espaço dentro do peito! Um aperto cá dentro que materializou a minha existência enquanto ser perante a tridimensionalidade daquela construção... de suster a respiração, conseguem entender? Eu sei que é estranho o que acabo de vos contar e foi assim que me voltei a sentir quando olhei para dentro da caixa que a Cristina me mandou. Senti o calor, a textura, o aroma, a tridimensionalidade do afecto, foi como se o Inverno tivesse acabado de chegar naquela caixa. E isto é tão raro!
Obrigada Cristina, este Inverno vou estar bem mais agasalhada ©
